BEAVER & KRAUSE - Sequential Voltage Sources, Composition (1968)



Belíssima composição abstrata para MOOG MODULAR executada por artistas que estavam diretamente ligados aos primeiros testes de composição para a criação de Bob Moog.
Vale à pena conhecer.

Resistir é preciso!



A Resistência Analógica não é só um parque de diversões com sintetizadores reluzentes e músicas que te transportam para ambientes que não costumamos mais ouvir nos meios radiofônicos e mainstream. Também carrega diversas mensagens políticas, sociais e ambientais.

A questão que mais me toca é da obsolescência programada.  É uma técnica desenvolvida na década de 1920 pela indústria automobilística para aumentar a produção e maximizar lucros. Ao longo do tempo, a eficácia da técnica fez com que se espalhasse para todas as outras indústrias e, claro, a musical não pôde ficar de fora.  



Como músicos, produtores e ouvintes de música, temos o dever de conhecer e mostrar os efeitos desse fenômeno na nossa indústria e as consequências disso. Afinal, não fomos nós que deixamos nossos sintetizadores enferrujarem e compramos teclados digitais, acreditando que assim faremos uma música mais nova e evoluída? Que trocamos a mesa de som por plug-ins? Que descartamos o discman e obtivemos um novo mp3 player?

Mas, qual o problema disso? Não precisamos sempre estar atentos às inovações tecnológicas para criar novos sons e desfrutar da música com a maior qualidade possível?

Ora — além disso gerar uma quantidade de lixo tóxico absurda — para dar conta da produção que isso demanda, as fábricas precisam contratar a mão-de-obra mais barata possível, causando enorme impacto sócio-ambiental no mundo. Se pensarmos que esse processo acontece com a maioria das grandes indústrias, podemos ter uma noção do impacto que isso tem no meio ambiente e nas vidas de bilhões de pessoas!



Por que resistir com o analógico? Porque não acreditamos que equipamentos com fins artísticos possam se tornar obsoletos. Porque recusamos jogar nossos equipamentos no lixo. Porque amamos o timbre da onda sonora que nós mesmos forjamos. Porque nunca esgotaremos o potencial criativo da tecnologia analógica!


Moog e Beatles

Bom, dá pra falar muito sobre Beatles e Moog.
Mas o que interessa mesmo é que o Moog Voyager estará no palco do Anvil FX e Arthur Joly nos shows da Resistência Analógica.
Mas o que os Beatles tem a ver com isso ?
Nesta animaçãozinha eles passeiam por cima de um Moog Prodigy, de um Moog Voyager e vão encontrar um Thingamagoop.

e já que tocamos nesse assunto, aqui vão umas imagens que eu roubei do blog do "baú do edu".



"Antes do fim dos Beatles, George Harrison já havia lançado dois álbuns solo: Wonderwall Music, de 1968, e Electronic Sound, de 1969. O primeiro com músicas instrumentais foi trilha sonora do filme homônimo. O álbum contou com a participação de Ringo Starr e Eric Clapton, todos (inclusive George) usando pseudônimos. O segundo, considerado um álbum experimental, trouxe várias músicas tocadas com o sintetizador Moog e uma capa com um desenho de sua própria autoria. Durante as gravações de Abbey Road, o moog reinou absoluto."

E então, vamos ouvir o Cosmorama !?!?

O disco do André Dessandes, o Cosmorama, é um trabalho moldado pelo tempo. Não só porque carrega timbres maravilhosos das décadas de ouro da síntese, mas também por conta do perfeccionismo do seu autor. Depois de anos, eis que surge o som para o mundo. Confira aqui estas músicas dignas de temas de filme ou seriado de qualquer audiovisual da década de 70/80. E se preparem, pois ao vivo o negócio vai ser pesado ! Araraquara que se cuide, vai ter prédio rachando !

Vostok ! O Russo envocado.

Outro objeto de desejo que habita os palcos do Anvil FX é esta maravilha, o VostoK. Ele é um sintetizador modular compacto e portátil, com poder e artimanhas encontradas nos clássicos sintetizadores EMS. Ele é fabricado ainda hoje pela empresa Analogue Solutions. Neste vídeo Arthur Joly faz um patch com o garoto.

Primórdios da Resistência Analógica

Em agosto de 2012 os mesmos integrantes deste movimento entitulado "Resistência Analógica" tiveram a honra de desfrutar de um evento criado e executados pelos mesmos. Contando com uma gama de artistas e fabricantes de tecnologia analógica, fizeram de um sábado um verdadeiro passeio à Disneylândia. O primeiro encontro de síntese modular em São Paulo foi um sucesso. Aqui você pode conferir imagens desta data tão importante para o começo de uma era, a legítima e tão aclamada Resistência Analógica !

Anvil FX fuçando no modular

Esta cena fez parte de um trabalho que durou duas semanas e será lançado em breve, o "Anvil FX Jolymlod DIY".

MINIMOOG MODEL D - UM MITO, UM DEUS MÁQUINA


Instrumentos dos sonhos da maioria dos tecladistas, principalmente pela potência sonora que essa máquina é capaz de reproduzir.
Dependendo do P.A., esse sintetizador pode literalmente rachar paredes e abalar estruturas.
Foi nos anos 70 o sintetizador mais popular e mais utilizado por bandas como Beatles, Rolling Stones, Black Sabath, Yes, Genesis, Emerson Lake and Palmer e milhares de outras.


Ouçam o som dessa beleza:




Esse track foi produzido apenas utilizando 3 pistas de Minimoog Model D. 


Em breve essa máquina estará brihando no SESC ARARAQUARA.

EMS SYNTHI A Uma máquina maravilhosa que estará em Araraquara.



Quem estiver em Araraquara terá o prazer de conhecer o som maravilhoso dessa poderosa máquina inglesa construída em 1972.
Trazida ao Brasil pelo compositor Uruguaio radicado no Brasil, Conrado Silva.










As máquinas que estarão nos Palcos de Araraquara

Aqui estão três dos Reco-Synths que estarão funcionando nos shows da Resistência Analógica.

Jolymod - 3 : Será usado no show do Punk Analógico.



Anvil Machine : Será usado no show do Anvil FX




The Piranha : será usado no show da Erica
 


Finalizando o disco do Cosmorama

Cosmorama é o nome do projeto do carioca André Dessandes. O cara é um entusiasta dos equipamentos empoeirados. Um produtor criado ao som do Furacão 2000 no pé do Morro do Alemão. Neste vídeo André soma suas tralhas ao acevo da Reco-Head duplicando o potencial de mofo analógico. Confira nas imagens um pouco da história de um colecionador e das relíquias produzidas nas décadas de 70 e 80.


Um pouco mais sobre a ERICA



Érica Alves é uma cantora e compositora de Nova Friburgo, RJ radicada em São Paulo.
 Criada nos Estados Unidos, estudou piano clássico na infância e começou a compor quando resolveu rebelar contra as partituras aos 12 anos.

Em Niterói participou da banda “Motherfunk” e ainda integra o grupo de música experimental
 “Café da Meia Noite”. Mudou-se para São Paulo em 2011 para trabalhar no projeto
“The Drone Lovers” e seu trabalho solo “Érica”, além de fazer participações com a banda “Anvil FX”.

To Believe é o nome do seu trabalho atual, que será lançado em fita cassete pela MAWW Records.
 Foi produzido em parceria com o produtor, músico e amigo Pedro Zopelar em seu estúdio caseiro. “São canções que foram compostas em 2010, quando me mudei da casa dos meus pais e comecei a enxergar os desafios imensos que eu teria dali em diante e os rituais que eu teria que passar para que um dia eu pudesse olhar para trás e me sentir completa e realizada,” comenta Érica.
“Começamos com arranjos majestosos, utilizando-se de plug-ins, muitos canais, com uma banda completa em mente.

 No entanto, mesmo com tantos recursos tecnológicos, não conseguíamos produzir um material que soasse autêntico.
Somente com a aquisição de um Portastudio K7 e uma produção 100% analógica, caseira e em 4 canais, que conseguimos o som que almejávamos,” diz Pedro Zopelar sobre o processo de gravação.

O resultado é um lo-fi-trip-synth-pop que empolga e emociona e o show não é diferente disso.
Apenas Érica e Pedro Zopelar ficam no palco, acompanhados dos sintetizadores, teclados, guitarra, baixo e drum machines.

Salvando Velhas Máquinas




No Brasil ?

Sim, isso foi feito no Brasil pelo nosso querido membro, André Dessandes, vulgo "O Máquina de Palminha". A quantidade de instrumentos analógicos neste palco é de deixar qualquer Jean Michel Jarre de queixo caído.

Isso é que é show analógico !

Anvil FX no centro de São Paulo ! com participação da Erica Alves e do Arthur Joly.







O que é Serge

Serge Modular são os sintetizadores criados pelo malucão chamado Serge Tcherepnin. Diferente dos Moogs, Arps, Rolands e Korgs, este sintetizador segue a linha dos desenvolvidos por Don Buchla. Ou seja, são máquinas que servem muito mais para criar efeitos e texturas inimagináveis do que seguir escalas musicais. Neste vídeo, o paulistano e satânico Seth Zahn mostra pela a primeira vez a Arthur Joly como funciona o seu Serge. Repare que no final do vídeo o Pedro Zopelar chega para buscar o seu Reco-Synth Piranha !

Jolymod e TR-808 - autenticos e analógicos

Clipinho do Arthur Joly feito no iphone. Mugomango é o projeto eletrônico obscuro de Joly.

Quando Anvil FX e Cosmorama se encontram ...

.... acontece isso aqui :


Clip do ANVIL FX

D

music: ANVIL FX

released at ANVIL MACHINE album. YB MUSIC (São Paulo / Brazil)

publishing: alternet music

Directed by:

Dácio Pinheiro and Denis Giacobelis

costumes: Caio Garro

make up: Eliezer Lopes

hair: Adal Alves

make up assistant Patrícia Martinelli

girls: Anna Julia Ribeiro, Marcela Pig and Jannete Tomiita

casting: Daniel Wierman

GEAR PORN ANVIL FX VOL.1






Como fazer o seu primeiro synth DIY (do it yourself)

Esse aqui é o Punk Console, o sintetizador mais fácil de se construir. São dois oscilarores de onda quadrada que se sincronizam criando uma escala. aqui estão alguns exemplos de como eles podem ficar legais : neste vídeo liguei um no meu modular :


 aqui outro exemplo :


 

 E aqui como construir um !

 


 Este é o mapa para seguir e construir seu primeiro oscilador.

 

Ouça o Punk Analógico !

Este é o disco do Arthur Joly, o Punk Analógico.
Foi todo gravado usando os Jolymods (Reco-Synths que ele mesmo constrói) e uma Linn Drum para os beats.
É fruto de uma discussão sem pé nem cabeça que rondam os foruns de adoração aos sintetizadores.
Para satirizar e deixar na dúvida os mais quadrados, o Punk analógico avacalha o mundo digital como um rebelde sem causa.
Abaixo você pode ouvir este álbum que tembém pode ser comprado em vinil em lojas como a Locomotiva em São Paulo.




Conheça o novo album do ANVIL FX, o ANVIL MACHINE

arte da capa por Adriana Peliano

Inspirado nos discos de Library Music, ou seja, discos que até os anos 80 eram produzidos para servir de biblioteca de música para Rádios, Emissoras de TV, Produtoras de Filmes e etc.
Continham música de diversos estilos e diversos objetivos e não eram produzidos em escala comercial ou vendidos para o público normal.
Um exemplo disso é a música usada na abertura do "Esporte Espetacular" que foi tirada de um disco de um selo famoso inglês de Library Music chamado KPM.
A composição se chama "Hyde Park" e é do compositor Alan Hawkshaw.
Nosso querido Rogério Duprat também tem um disco lançado pela KPM com os mesmos objetivos.



Bem, muitos compositores, arranjadores e maestros importantes tiveram trabalhos produzidos com esse objetivo, até porque, se uma música deles fosse selecionada para um filme e programa de TV, isso acarretaria um dinheiro considerável.
E também muitos compositores de música eletrônica estiveram envolvidos nisso, e é nesse exato ponto que tudo isso influenciou o trabalho do ANVIL FX.
Alguns exemplos:









O novo ANVIL FX é música climática, de natureza eletrônica, mas misturando com o som da bateria acústica algumas vezes.

O album ANVIL MACHINE recebe esse nome e uma música tema em homenagem ao sintetizador com mesmo nome criado exclusivamente pela RECO-SYNTH para o grupo.
Só existe um desses no mundo, e estará presente no Festival em Araraquara.

Arthur fazendo manutenção no Anvil Machine
E essa é a cara do Anvil Machine
A faixa título do disco já remete mais ao som que será apresentado ao vivo no show do "Resistência Analógica"

Ouçam:

ERICA


Erica é uma cantora e compositora que veio de Niteroi, Rio de Janeiro, para batalhar sua carreira em São Paulo com o suporte tecnológico e musical de Pedro Zopelar.
Suas apresentações ao vivo incluem sintetizadores, guitarra, baixo e bases disparadas em fita cassete.
Sua participação no Festival Resistência Analógica equilibra o destaque na relação entre Humanos e Máquinas.
Seriam as máquinas à serviço da canção.
No dia 26 de abril seu show também será uma comemoração de lançamento de seu trabalho pelo selo MAWW no formato cassete.


Abaixo uma apresentação dela acompanhada por Pedro Zopelar no Projeto Ottolab em São Paulo.

"Por que fazer um show com um monte de teclados e equipamentos analógicos se o computador tem tudo?" por PAULO BETO


Em primeiro lugar isso não é verdade sobre o computador. Com ele é possível de se fazer algo interessante em termos de resultado sonoro e algo até mais radical/moderno em termos de programação e manipulação de sons concretos, mas nunca nada que se iguale a pureza e beleza do som sintético dos osciladores e filtros analógicos.
Mas não é nada disso que quero falar.
Nos dias de hoje não é apenas uma questão de busca da qualidade, é principalmente uma atitude contra a preguiça e vulgaridade que estamos nos tornando, escravos viciados do computador. Trabalhamos nele o dia todo, e depois, quando vamos relaxar, é nele que acabamos novamente.

Quero um ambiente diferente para criar meus trabalhos artísticos, não menos profissionais.
Além do que o computador e a internet estão gerando um mundo mais superficial, onde sendo uma fonte full time de consulta, ninguém precisa mais armazenar conhecimento em si.

Tá tudo lá... mas pra criar as referências devem estar em vc, assim como raízes.

Senão caímos no modo operante da publicidade, que tudo referencia mas na realidade é tudo um grande pastiche que será esquecido alguns meses depois.

Faço música eletrônica. Pra mim é muito importante ter contato com os equipamentos e métodos de produção em que sua linguagem foram criada.

Preciso conhecer as máquinas que produziam a música electrônica fantástica feita desde os anos 50, porque delas existem os clones digitais que a maioria tem acesso hoje.

Mas como eu disse logo no início, a diferença é grande.

Abdiquei de muita coisa e trabalhei muito pra conseguir ter umas boas maquinas analógicas de som maravilhosas. Umas feitas nos dias de hoje, outras originais de época, e até umas incríveis feitas em casa. Obvio que o digital tem muitas vantagens que somado a tecnologia analógica os resultados de hoje podem ser mais modernos e práticos de como era feito no passado.
A verdade é que, quando eu comecei a trabalhar e estudar música eletrônica no início dos anos 90, a última novidade da época e mais acessível era o sampler. Um pouco mais tarde juntei as características do sampler com o sequencer e, pronto, tinha todos os elementos básicos para se fazer música eletrônica.

Eu podia samplear sons acústicos e sons de sintetizadores analógicos, cujos timbres sempre me fascinaram desde criança. Eu tive sempre essa configuração.

Cheguei a somar um emulador digital da Roland, o JX-305 pra ter um synth com knobs e teclas pra um "ao vivo". Mas acabava q as bases eram sempre tocadas numa mixagem em CD ou MD.

Mas esse setup ainda convencia. Enfim chegaram os anos 2000 e a popularização do laptop mac e seus programas maravilhosos.

Se tornaram não apenas o meu estúdio, mas também meu setup de palco.

Aí eu passei a ser um cara atrás de laptop com um controlador M-Audio.

Dependendo do som, se fosse mais experimental, nem precisava do controlador. Ia com o mouse mesmo fazer minha cagadinha barulhenta e abstrata.

Fácil de carregar na mochila. Bom pra viajar. Ninguém poderia olhar pra mim e advinhar que eu era músico.

Uma vez fui fazer um som na casa de uma amiga Dinamarquesa lá em Barcelona.

Quando tirei meu equipo da bolsa ela riu muito na hora. Eu perguntei: "o que foi?" e ela disse: "seu equipo é exatamente igual ao meu". Imaginamos: "pro mundo todo o direcionamento é esse".

Bem, tudo isso pra dizer que estou tentando ir num caminho contrário ao "carinha atrás do laptop".

Dá muito mais trampo. Preciso de muito mais esforço físico.

Preciso quebrar a cabeça 100 vezes mais para programar ou simplesmente conectar tudo.

Mas acredito que o modus operandi anterior ao computador e ao sampler me faz muito mais feliz hoje. Mesmo com toda instabilidade de afinação e funcionamento do sistema MIDI.

Posso garantir para quem for no nosso show que, só de ver toda a tranqueira ligada e funcionando no palco já vai provocar um delicioso arrepio.

Não perca, e venha tentar entender tudo isso que estou falando.



Este video mostra a RECO-HEAD, estúdio de ARTHUR JOLY com seus convidados ANDRÉ DESSANDES (COSMORAMA) e PAULO BETO (ANVIL FX).
Foi um dia de prática de improvisação entre os 3 amigos sem muito compromisso.
Mesmo assim, ARTHUR fez questão de registrar em Fita de Rolo.

Video produzido por Arthur Joly para anunciar seu show que aconteceu no dia 07 de Março em São Paulo. Já dá pra ter uma idéia do trabalho divertido e escrachado do PUNK ANALÓGICO.